L-PRF como alternativa para tratamento de Comunicações Bucossinusais: uma revisão integrativa 6 de 9
a proteólise. Logo, pelo fato de estes fatores de crescimento permanecerem ativos
por um período relativamente mais longo, es-tes se tornam eficazes na estimulação
da regeneração de tecidos. Além disso, evidenciu que o PRF desempenha um papel
importante na revascularização do meio, por induzir, também, a angiogênese, tor-
nando a utilização do mesmo uma alternativa viável e promissora para a obtenção
do fechamento satisfatório de comunicações bucossinusais, realidade alcançada nos
dois pacientes escolhidos para a realização do estudo [12].
Já Bilginaylar, em seu estudo de 2017, utilizou o L-PRF em busca de regeneração
tecidual em comunicações bucossinusais maiores de 3mm e demonstrou que a cica-
trização de feridas é uma condição biológica que ocorre com a colaboração de dife-
rentes tios de células. Como o PRF é uma matriz natural que possui em seu interior
diversas células essenciais no processo de cicatrização, ele induz a angiogênese e,
consequentemen-te, o reparo tecidual. Por esta razão, pode ser usado para melhorar
e acelerar a regeneração dos tecidos em casos de comunicações bucossinusais [13].
Pinto e colaboradores concluíram em seu estudo de 2018 que, ao utilizar o L-
PRF para reparar uma grande perfuração em uma membrana sinusal, o mesmo foi
considerado adequado para reparar esse tipo de condição devido à sua capacidade
de promover a constante liberação de células, como fator de crescimento derivado
de plaquetas, fator de crescimento de transformação (TGF) e fator de crescimento
endotelial vascular, ocasionando o reparo tecidual satisfatório [14]. Com base nestas
características, um recente estudo in vivo avaliou a vantagem deste agregado na re-
paração de perfurações na membrana sinusal em seios maxilares de coelhos e mos-
trou que o L-PRF contribuiu positivamente para a fase proliferativa de fatores de
crescimento, ocasionando a cicatrização satisfatória da membrana sinusal [24].
Mourão, em seu estudo de 2018, ao utilizar o L-PRF como coadjuvante no trata-
mento de uma infeção sinusal, concluiu que a implantação do L-PRF no interior do
seio maxilar, após desbridamento do mesmo, acelerou a cicatrização da membrana
sinusal, além de apresentar ação antimicrobiana, o que impediu a propagação de mi-
crorganismos patogênicos na cavidade do seio maxilar. Logo, o seu uso para tratar a
condição da paciente escolhida para o estudo otimizou a cicatrização dos tecidos,
ocasionando o fechamento por completo da comunicação de forma satisfatória e de-
finitiva [15].
Foi demonstrado que o uso de PRF vem aumentando exponencialmente com o
passar dos anos na Odontologia, em busca, prioritariamente, de melhores resultados
no processo de cicatrização de tecidos moles [25-27]. Foi utilizado o agregado pla-
quetário justaposto a uma membrana de colágeno no fechamento da comunicação
bucossinusal e os autores afirmaram que a barreira alcançada pela membrana, junto
com as moléculas bioativas presentes no hemoderivado utilizado, criaram uma con-
dição favorável para a diferenciação celular e o reparo tecidual local. Observou-se
que houve hiperplasia do tecido gengival após 6 semanas do procedimento cirúrgico,
evidenciando a capacidade do PRF de induzir a proliferação de células fibroblásticas
na região em que é inserido, tornando seu uso vantajoso quando se busca uma cica-
trização de tecidos mais rápida e eficaz [16].
Demetoglu, em seu estudo de 2018, utilizou L-PRF para obter o fechamento de
comunicações bucossinusais com 3 a 5 mm após exodontias, obtendo sucesso clínico
nos 21 pacientes tratados e destacou que, dentre as inúmeras vantagens existentes
quanto ao uso do L- PRF para o fechamento de comunicações bucossinusais, o fato
de não haver necessidade de confeccionar um retalho, seja ele vestibular ou palatino,
para fechar o defeito existente se destaca, visto que o L-PRF cumpriu tal função com
êxito; evitando, assim, possíveis futuras complicações provenientes do uso da técnica
de obtenção de retalho, como a diminuição do fundo de vestíbulo do paciente, tor-
nando temporariamente inviável uma reabilitação protética. Foi relatado que o PRF
estimulou a angiogênese e induziu a proliferação de fibroblastos e osteoblastos, ace-
lerando a recuperação dos tecidos moles. Foi demonstrado, também, que o PRF é
compatível com tecidos e não contém material aloplástico, portanto não causa reação
imunológica de corpo estranho no paciente. De fácil utilização e baixo custo, suas