EFEITO BIOMODIFICADOR DE ÉSTERES GALOILADOS DE ORIGEM NATURAL SOBRE O COLÁGENO DENTINÁRIO
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Resumo
Introdução: Grupamentos galoil elevam a afinidade e reatividade com o colágeno, promovendo interações estáveis que aumentam a resistência mecânica e reduzem a degradação da matriz orgânica.
Objetivo: Avaliar o efeito biomodificador de moléculas galoiladas de origem natural sobre o colágeno dentinário.
Metodologia: Estudo in vitro avaliou, imediatamente e após 6 meses de envelhecimento, os agentes epigalocatequina-3-galato 0,1% (EGCG), ácido tânico 1% (TAN), proantocianidinas 6,5% (PAC) e água destilada (CN), aplicados por 1 minuto antes do procedimento adesivo. As variáveis analisadas foram: módulo de elasticidade (ME) [n=12] pelo teste de flexão de 3 pontos; variação de massa (VM%) [n=15]; resistência de união à dentina por microtração [n=8]; e micropermeabilidade [n=3]. A análise estatística foi realizada separadamente para cada teste (p<0,05). Ao término, ME e VM foram aferidos imediatamente e após 3 meses, enquanto a resistência de união foi mensurada imediatamente e reavaliada aos 6 meses, permitindo estimar a estabilidade mecânica e estrutural ao longo do tempo.
Resultados: Todos os agentes aumentaram o ME, porém apenas o EGCG manteve os valores após 3 meses. EGCG e TAN apresentaram ganho de massa estável após envelhecimento. TAN e PAC preservaram a resistência de união aos 6 meses, corroborando a micropermeabilidade.
Discussão: Biomodificadores galoilados potencializam propriedades mecânicas e químicas, mas a quantidade de grupamentos galoil não assegura maior longevidade da interface adesiva.
Conclusão: A quantidade de grupamentos galoil não é determinante para a durabilidade da interface adesiva em restaurações de resina composta.