PROCEDIMENTOS DE DESCONTAMINAÇÃO APÓS CONTAMINAÇÃO PARA RECUPERAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO
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Resumo
Introdução: Este estudo avaliou o efeito de estratégias de descontaminação na recuperação da resistência de união (RU) à dentina de um sistema adesivo universal (SA) aplicado na estratégia de condicionamento e lavagem após contaminação por saliva.
Metodologia: Utilizaram-se 72 terceiros molares divididos em 12 grupos (n=6), de acordo com o momento da contaminação — após condicionamento ácido (C1), após aplicação do adesivo não polimerizado (C2) e após polimerização do adesivo (C3) — e os procedimentos de descontaminação aplicados: lavagem + secagem com ar (LS); LS + recondicionamento ácido (AC); LS + reaplicação do adesivo (AD); LS + AC + AD; e LS + remoção com broca (RB) + AC + AD. O SA foi aplicado com ou sem contaminação e submetido ou não às estratégias de descontaminação. Após isso, foram confeccionadas amostras de dentina/resina para avaliação da RU por ensaio de microtração e do padrão de fratura (PF), imediatamente e após 6 meses. Os resultados foram analisados por ANOVA two-way e pós-teste de Tukey (p<0,05).
Resultados: A contaminação mais crítica ocorreu em C2. A descontaminação com recondicionamento ácido (LS + AC) prejudicou a adesão em C1. Em C2, a descontaminação LS mostrou-se similar à contaminação em 24h; após 6 meses, todas as estratégias foram eficazes. Em C3, as descontaminações foram efetivas em ambos os tempos. A análise do PF indicou predominância de falhas adesivas.
Conclusão: A contaminação em qualquer etapa é prejudicial, sendo necessária uma intervenção. Contudo, a reaplicação do ácido fosfórico após contaminação deve ser evitada, optando-se por estratégias de LS, LS + AD ou LS + RB + AC + AD.