ULTRASSONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DEGRANULOMAS E CISTOS PERIAPICAIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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Resumo
Introdução: Granulomas (GPs) e cistos periapicais (CPs) apresentam características clínicas e radiográficas semelhantes, dificultando o diagnóstico. A ultrassonografia (US) é uma alternativa não invasiva, sem radiação, capaz de avaliar conteúdo e vascularização em tempo real.
Objetivo: Avaliar a aplicabilidade da US na distinção entre GPs e CPs.
Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa baseada no protocolo de Souza, Silva e Carvalho. A pergunta norteadora foi formulada pelo acrônimo PICO. As buscas foram realizadas nas bases BVS, LILACS, PubMed e SciELO, utilizando descritores em português e inglês. Foram incluídos estudos em humanos que utilizaram US na avaliação de GPs e CPs; revisões, estudos in vitro e em animais foram excluídos. Os estudos foram avaliados quanto ao risco de viés e à qualidade da evidência.
Resultados: Oito estudos foram incluídos. A US mostrou boa acurácia, sobretudo com Doppler, diferenciando cistos (áreas anecoicas, avasculares) de granulomas (hipoecoicos ou mistos, vascularizados). A eficácia depende da espessura do osso cortical e da experiência do operador. Predominaram estudos quase-experimentais, com risco metodológico moderado, restritos a contextos cirúrgicos e a populações da Europa e Ásia.
Considerações finais: A US é promissora no diagnóstico diferencial de GPs e CPs, mas limitações técnicas, metodológicas e geográficas ainda restringem sua consolidação. Avanços tecnológicos, padronização de protocolos e estudos multicêntricos são necessários para ampliar seu uso clínico.