Analgesia em pacientes gestantes: revisão de literatura
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Resumo
A paciente gestante, fisiologicamente, passa por várias mudanças em seu corpo devido às ações hormonais. A cavidade oral não fica isenta dessas alterações e repercussões na saúde bucal também são identificadas. É essencial fornecer atendimento odontológico seguro e apropriado durante a gestação, levando em consideração o trimestre gestacional e a saúde geral da paciente. A analgesia em paciente gestante ainda se mostra um tabu para muitos profissionais, principalmente aos cirurgiões dentistas recém-formados. A utilização, no consultório, de anestésicos locais como controle da dor faz com que o procedimento aconteça de forma mais segura e eficiente. Quanto aos analgésicos administrados por via oral, o paracetamol é considerado o de primeira escolha com a dipirona figurando como segunda opção. As aspirinas, ibuprofeno e corticosteroides podem ser uma opção, mas seu uso deve ser racionalizado e quando os benefícios superam os riscos da manutenção da gestação e saúde materna. O uso da analgesia ou redução do protocolo de dor em uma paciente gestante no consultório pode ser realizado com lidocaína a 2% com epinefrina, pois é considerado seguro, mas certos anestésicos, como benzocaína e procaína, devem ser evitados sob riscos de metahemoglobinemia. Contudo, o profissional deve sempre eleger os riscos e benefícios do uso das medicações analgésicas para a gestante e o feto durante a escolha da medicação.